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Polícia Civil e PRF realizam operação contra quadrilha de tráfico de armas e munições

Ação também ocorre no Mato Grosso do Sul, de onde era enviado o arsenal para o Rio de Janeiro

Operação da Policia Civil com apoio da PRF contra quadrilha de tráfico de armas e munições
Operação da Policia Civil com apoio da PRF contra quadrilha de tráfico de armas e munições -

Rio - A Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), realizam, desde a manhã desta segunda-feira, uma operação contra uma quadrilha de tráfico de armas e munições no Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. A ação era para cumprir 13 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão no Rio. Já no Mato Grosso do Sul, são quatro mandados de prisão, além de seis mandados de busca e apreensão. Onze pessoas foram presas, nove delas no Rio. Entre os líderes estão um PM e quatro paraquedistas do Exército. Também foram apreendidas 35 munições de pistola e fuzis e armas.

O policial é Thiago Soares Andrade Silva, conhecido como Batata, do 14º BPM (Bangu), que está foragido. Estão foragidos os quatro paraquedistas do Exército, identificados como Bruno Jeronimo Guerra, Gabriel de Lima Nunes, Leonardo Santos Carvalho, que já foi preso em 2014 e 2016 por tráfico de armas e munição, e Denis Vale de Aguiar.

Thiago, Leonardo e Denis são apontados como os principais cabeças da organização ao lado de Roger dos Santos Macedo, que acabou preso no Recreio dos Bandeirantes. A polícia encontrou com ele uma pistola e três carros roubados e adulterados. Investigadores apontam que Roger era responsável por receber os grandes carregamentos e também por fazer as encomendas de armas e munição de uso restrito.

Também foi preso o ex-policial militar Bruno Drummond que, segundo a polícia, alugou um carro e emprestou para Denis fazer o transporte da carga bélica. Os outros presos são Valdisnei Ederson Alves, Moacir Teixeira de Freitas, Sidnei Cleber Alves, Kleverson Antunes, Vinicius Soares da Silva, Marcio Antonio da Silva e Gabriel de Lima Nunes.

No Rio, ações ocorreram em Bangu, Catiri, Realengo, Cosmos, Recreio, Vargem Grande, Cabo Frio e Seropédica. A operação é um desdobramento de uma investigação que durou cerca de um ano, após inúmeras apreensões realizadas pela Polícia Rodoviária Federal e pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) da Polícia Civil do Rio.

O inquérito identificou e indiciou cerca de vinte pessoas que fazem parte de uma grande organização que atua em diversos estados pelo país. Segundo as investigações, nos últimos meses, o grupo foi responsável pelo envio de milhares de munições e centenas de armas de fogo do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro, que eram enviadas para comunidades controladas por milicianos e traficantes de drogas. A suspeita é de que esse material vinha do Paraguai.

São empregados na operação 100 agentes da Polícia Civil e 50 PRFs no Estado do Rio de Janeiro, além de 30 Policiais Civis e 30 PRFs no Mato Grosso do Sul. A ação conta com apoio de diversas unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do grupo Garras da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Mais de 80 policiais rodoviários federais, com o Núcleo de Operações Especiais (NOE), Grupo de Operações com Cães (GOC), Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) e operações aéreas, atuarão em conjunto com cerca de 160 policiais civis, no Rio e em Mato Grosso do Sul.