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Cidade Maravilhosa cheia de roubos mil

Rio de Janeiro coleciona casos inusitados de bens públicos e privados surrupiados

O morador de rua que roubou a catraca embarcou em um ônibus do próprio BRT, em plena luz do dia
O morador de rua que roubou a catraca embarcou em um ônibus do próprio BRT, em plena luz do dia -

A imagem de um homem carregando uma catraca metálica roubada do BRT, na Zona Oeste do Rio, ontem, embora inusitada, não assusta mais os moradores da cidade, testemunhas de casos tão ou mais surpreendentes. O roubo foi o segundo crime bizarro esta semana. Na quarta-feira, homens foram flagrados roubando nada menos que um reservatório de água do Condomínio Morar Carioca, em Triagem, na Zona Norte. Para o feito, até aqui inédito na crônica policial, eles usaram um guindaste, alugado por R$ 7,5 mil. O reservatório de ferro, que pesa 10 toneladas, custa R$ 100 mil. Cinco suspeitos já foram presos.

Sobre o roubo da catraca, o consórcio BRT informou que equipes de vigilância flagraram um morador de rua roubando a roleta e o monitoraram até a estação Capitão Menezes, na Praça Seca, na Zona Oeste, onde a polícia foi acionada. A catraca foi surrupiada de uma reserva técnica.

Na lista de roubos inusitados no Rio estão obras de arte, medalhas olímpicas, monumentos, peças sacras, grades de ferro de parques, tampas de bueiros e até a taça Jules Rimet, conquistada pelo Brasil na Copa do Mundo de 1970 e afanada em 1983. Mas o caso mais assombroso, e que permanece um mistério até hoje, foi o sumiço das vigas de aço retiradas da antiga Avenida Perimetral, desmontada pela prefeitura em 2013 para as obras do Porto Maravilha. As seis vigas, pesando 110 toneladas, desapareceram do canteiro de obras.