Bastaram as primeiras cenas de José Condessa em Salve-se Quem Puder serem exibidas para que os noveleiros de plantão fizessem a mesma pergunta: "Quem é esse bonitão?". Passadas a estreia da nova trama das 19h da Globo e algumas aparições dele na pele de Juan, o número de seguidores brasileiros do ator português se multiplicou. Prova de que talento e carisma atravessam qualquer fronteira.
"Quando você muda para um país e tem que começar do zero, dá muito medo, surgem dúvidas, mas o povo brasileiro tem sido maravilhoso comigo. Ganhei uma nova família. Recebo muitas mensagens de incentivo e amizade. E olha que a novela acabou de começar", afirma o galã, de 22 anos.
Se em solo verde e amarelo José é um rosto novo pelas novelas da Globo, em Portugal, ele coleciona personagens. "A maior dificuldade aqui é perder o sotaque do português de Portugal", conta o ator, tendo um obstáculo ainda maior na trama de Daniel Ortiz: viver um mexicano. "Tive que construir uma língua que não conhecia. A dificuldade foi criar um caminho que seja o português do Brasil, com uma mistura mexicana."
Entre tantos desafios, a dobradinha de José com Juliana Paiva foi um trunfo. É que Juan, seu personagem, será um dos poucos a saber do paradeiro de Luna, interpretada pela atriz, após ela entrar para o programa de proteção a testemunhas e deixar o México. Apaixonado, o rapaz se muda para São Paulo na tentativa de reconquistar a amada. "A Juliana é uma colega maravilhosa. Eu trabalhei em novelas por muitos anos em Portugal, mas aqui as coisas são diferentes. Ela me ajudou muito. Tem sido uma grande amizade", elogia.
A aproximação dos dois levantou a boataria de que José e Ju estariam tendo um caso. Namorando há dois anos com a atriz Bárbara Branco, o ator nega as fofocas. "É normal falarem, mas não tem nada. É só uma amiga. Eu namoro e estou morrendo de saudade. A gente tenta estar sempre em contato. Ela planeja vir para cá em abril."
'Acho que o rótulo é normal'
Na novela das 19h, Juan é um cara tranquilo, inteligente e exímio técnico na tecnologia da informação, que vive em Cancún. Mesmo apaixonado por Luna, ele acaba vacilando e traindo a gata. Depois da passagem do furacão, Juan vai fazer de tudo para reconquistar o coração da jovem. "Ele é a energia do grupo, que transmite felicidade e amor", resume o ator.
José já é visto como um dos galãs da trama. Título que ele carrega sem a menor resistência. "Acho que o rótulo é normal. Quando ator, você tem que provar que também tem talento, além da beleza. Mas eu procuro ser o mais versátil possível. Se for para ficar feio, eu fico feio", afirma. E falando em estética, já tem gente nas redes sociais vendo semelhanças entre José Condessa e Caio Castro. Ele ri das piadas. "Eu fico feliz", diverte-se o rapaz.
'Jogava no Benfica'
Outra paixão do galã é o futebol. De olho no Flamengo, José Condessa chegou ao Brasil prestando atenção no técnico português Jorge Jesus, do Rubro-Negro. É que, além de ator, o bonitão também tentou seguir a carreira de jogador quando era adolescente. "Eu joguei futebol minha vida toda. Comecei no teatro com 5 anos e, ao mesmo tempo, jogava no Benfica (time de Portugal). Assim que cheguei no Brasil, eu já quis saber onde eu poderia jogar bola (risos). Eu necessito. É meu exercício físico, além da academia. Já fui até convidado para integrar a Seleção Brasileira de artistas. Mesmo não sendo daqui. E tem sido maravilhoso. É bom para aliviar a cabeça. É o que faço para aliviar o estresse. Jogar futebol e ler um livro", conta José, já enturmado com os amigos atores.
'A saudade aperta. É um desafio grande'
A adaptação de José no Rio de Janeiro foi rápida. Tanto que não é muito difícil ver o bonitão dando pinta pelas praias cariocas e jogando futevôlei pelas areias. Mesmo sentindo-se em casa, o caçulinha da família Condessa revela que, às vezes, a saudade bate forte.
"Quando recebi o convite do Daniel (Ortiz, autor de Salve-se Quem Puder), eu juntei toda a família para revelar e foi uma festa. Mas depois, a ficha caiu de que teria que atravessar o oceano. São 10 horas de viagem. Mas a Globo é uma referência mundial. Enquanto ator, adorei a oportunidade de trabalhar com pessoas novas. Mas a saudade aperta. É um desafio grande", assume ele.
Outro artifício que conforta o coração do rapaz é observar a trajetória de sucesso de artistas portugueses que fizeram história na teledramaturgia brasileira, como os atores Ricardo Pereira, Pedro Carvalho, José Fidalgo e Paulo Rocha. "Conversei muito com o Ricardo. Nós temos muito orgulho do trabalho dele. Eles me acolheram muito bem assim que cheguei. Acaba que me sinto mais em casa por isso. É bom chegar aqui e ver esse carinho, essa ligação, que me serve muito de exemplo", destaca José.