Fora o equipamento, o interior da Freedom é de ótima qualidade. Faltam porta-objetos funcionais, mas nada que abale a harmonia do visual. A ergonomia ao volante lembra de longe a experiência de dirigir uma picape e aproxima o modelo dos SUVs, com posição alta de direção.
O espaço interno é confortável para até quatro pessoas. O eventual quinto ocupante fica mais apertado devido ao túnel central elevado e ao console do meio recuado. A segunda fileira tem alguns mimos, como porta USB, tomada 12V para carregamento de smartphones e apoio de braço com dois porta-copos retráteis.
Mais atrás, a caçamba com capacidade para até 820 litros é versátil graças à já popular tampa bipartida que abre para as laterais. A versão sai de fábrica também com capota marítima, para proteger o interior do compartimento.
Rodamos por cerca de 350 km com a versão, em trecho puramente urbano, que é, normalmente, o habitat por onde circulam os proprietários desse tipo de picape. Nessas condições, os 170 cv de potência e torque de 35,7 kgfm da picape chegam até a sobrar.
Saídas e retomadas não são tarefas complicadas. Tudo é feito sem que o motor se esgoele. Pelo contrário, o propulsor é quase sempre sereno. O câmbio automático de nove marchas colabora para o desempenho, mas apresenta alguns trancos em reduzidas.
Montada sobre monobloco e equipada com suspensão multibraço na traseira, a picape apresenta comportamento dinâmico estável em curvas. As rolagens de carroceria são quase nulas. Além disso, mesmo em asfalto ruim e terrenos irregulares, não há o balanço excessivo, comum em modelos montados sob chassi.
A tração integral inteligente é outra vantagem da picape. O sistema adapta a entrega de torque na fração de 50% para cada eixo, quando necessário. Sendo que, normalmente, a força vai toda para as rodas dianteiras, o que privilegia o consumo. No nosso caso, a picape diesel marcou 10,9 km/l. Desempenho eficiente e confortável, em tamanho decente, que pode justificar o sucesso de vendas.