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Miojo de Bolsonaro

Cardápio do presidente na Ásia exclui peixe cru

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem que o Ministério da Defesa foi acionado para deixar de sobreaviso as Forças Armadas em caso de manifestações no Brasil semelhantes às do Chile e da Bolívia. Enquanto isso, em sua estadia no Japão, ele conta que trocou a culinária local por miojo, pois prefere peixe frito ou ensopado.

No banquete com o imperador do Japão, Naruhito, ele quis apenas 5% do que foi oferecido e comeu macarrão instantâneo na suíte. Ontem à noite, Bolsonaro se preparava para um jantar com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e esperava uma surpresa: feijoada. Na segunda-feira, primeiro dia em Tóquio, Bolsonaro brincou que não comeria carne no país devido a sua restrita política de importação da carne brasileira.

Culinárias à parte, o chefe de Estado e seus auxiliares temem confrontos violentos provocados pela polarização política no Brasil.

"A gente se prepara para usar o Artigo 142 da Constituição Federal, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles (integrantes das Forças Armadas) venham a ser convocados por um dos três Poderes", afirmou o presidente em viagem oficial ao Japão.

A avaliação considera a votação da constitucionalidade da prisão dos condenados em segunda instância pelo Supremo Tribunal Federal. O governo avalia que o resultado do julgamento pode levar a manifestações de apoiadores da Lava Jato e bolsonaristas. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou, terça-feira, que grupos isolados de caminhoneiros ameaçam promover protestos caso a votação no STF possibilite a soltura de Lula.

Nos últimos 15 dias, chilenos foram às ruas para protestar contra o aumento das tarifas de metrô, mas as manifestações ficaram violentas. Até o momento, 18 pessoas morreram e mais de 78 estações foram atacadas.

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