O governo federal autorizou, segunda-feira, o reajuste anual de até 5,21% no preço dos remédios. Com a resolução, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, empresas produtoras de medicamentos já podem ajustar os valores. O texto prevê três níveis de reajuste: 5,21%, 4,22% e 3,23%, conforme a disponibilidade de genéricos — concorrentes desses remédios — no mercado farmacêutico. Drogarias consultadas pelo MEIA HORA ainda não sabem como vão repassar o aumento ao consumidor. E uma delas disse que não deve fazer alterações.
Em todos os anos, a correção entra em vigor no dia 1º de abril. Contudo, devido à pandemia de Covid-19, o governo e a indústria farmacêutica fizeram um acordo para adiar esta norma. A Medida Provisória (MP) 933 suspendeu o reajuste durante 60 dias, ou seja, até a última segunda-feira. Mas a MP ainda aguarda apreciação do Congresso e pode ser votada, nesta semana, pela Câmara.
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos informou, em nota, que o reajuste anual de preços dos medicamentos "é necessário para viabilizar a operação da indústria farmacêutica no país, garantindo o fornecimento normal de medicamentos para a população. Após 14 meses de preços inalterados, a indústria farmacêutica precisa desse reajuste anual, de 4,08%, na média, para repor parte dos aumentos de custo acumulados no ano passado e mais recentemente em razão da pandemia de coronavírus, com as altas do dólar e dos custos de logística, matérias-primas e insumos."