No dia em que o país chega às mil mortes provocadas pelo novo coronavírus — são 1.056 casos fatais, segundo o Ministério da Saúde —, o presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, desrespeitou a recomendação da pasta e aproveitou a Sexta-feira Santa, ontem, para fazer um passeio por Brasília. Como das outras vezes, não considerou os cuidados de isolamento social para evitar a propagação da Covid-19.
Bolsonaro se dirigiu primeiro ao Hospital das Forças Armadas. Não foram divulgadas informações oficiais sobre o motivo da visita. Questionado, não quis dizer o que foi fazer por lá. Em seguida, parou em uma drogaria, onde tirou fotos com apoiadores, cumprimentou alguns depois de passar o braço no nariz. Ao sair, Bolsonaro foi para o Sudoeste. Ele visitou o filho Renan e ouviu gritos de apoio e muitas críticas. Alguns gritavam para ele ir para casa. No entanto, Bolsonaro alegou que tinha o direito de ir e vir. "Ninguém vai tolher meu direito de ir e vir", afirmou o presidente.
Além disso, ele confirmou ainda visita hoje ao hospital de campanha montado em Águas Lindas (GO). Segundo a Agência Estadão Conteúdo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também deve ir ao local.
A secretária nacional de Família, Angela Granda, está internada no Hospital Sírio-Libanês (SP) para tratar infecção pelo coronavírus. Ela está usando cloroquina. Há dois dias não tem febre.