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Prefeitura vai ao TRT contra paralisação

Alegação é de violação da Lei de Greve. Unidades estaduais atendem

Graciane da Silva não conseguiu pegar exames, no Catumbi
Graciane da Silva não conseguiu pegar exames, no Catumbi -

A Procuradoria do Município do Rio entrou ontem com liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) questionando a legalidade da paralisação de 48 horas dos profissionais da Saúde nas 210 clínicas municipais da família. Além da suspensão no atendimento, trabalhadores decidiram pela redução para 30% do número de trabalhadores na Emergências e Urgências. No documento enviado ao TRT, o procurador Darcio Faria reconhece que a situação dos trabalhadores é dramática, mas alerta que a decisão de reduzir a quantidade de funcionários viola a Lei de Greve.

Conforme o diretor do Sindicato dos Médicos, Dario Pontes, a decisão do TRT vai ocorrer hoje. Logo após, as categorias decidem os rumos da paralisação.

Pacientes podem procurar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais do estado, como o Getúlio Vargas, na Penha, e o Carlos Chagas, em Marechal Hermes. As UPAs estaduais com atendimento são: Tijuca, Engenho Novo, Botafogo, Copacabana, Taquara, Ilha (pediátrica), Maré, Marechal Hermes, Penha, Santa Cruz, Campo Grande I e II, Irajá, Ricardo de Albuquerque, Bangu e Realengo.

Nas clínicas da família, casos graves têm prioridade e pacientes com consultas e exames agendados serão remarcados. Os centros municipais de saúde funcionam com equipes completas.  

Ontem, pacientes tiveram dificuldades. Na Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, no Catumbi, a cozinheira Graciane da Silva, de 50 anos, que é diabética, não conseguiu pegar resultado de exames. "Eu perdi um dia de trabalho para vir aqui, mas tenho medo mesmo de perder a vida, porque a gente não consegue saber como está a nossa saúde sem os exames", desabafou.