Executivo picles das galáxias aplica cheddar no hambúrguer errado

Um romance feliz que acabou em demissão indigesta. Assim foi o relacionamento entre o Steve Easterbrook, CEO (presidente executivo) do McDonald's e uma funcionária da empresa. O emprego do picles das galáxias da rede de fast food foi pro vinagre no domingo porque a normas internas proíbem que o CEO tenha relações amorosas com funcionárias, mesmo consensuais, como foi o caso. A rede alegou que houve "violação da política interna" e "falta de discernimento".

Em mensagem interna, Easterbrook reconheceu o romance como um erro. "Me envolvi em um relacionamento consensual com uma funcionária. Dados os valores da empresa, concordei com o conselho que é hora de seguir em frente", escreveu. O principal executivo de recursos humanos da rede também perdeu o emprego. A rede de fast food não deixou claro se a funcionária respondia diretamente ao CEO.

Segundo especialistas, as empresas se cercam de cuidados para não evitarem prejuízos e litígios caso um relacionamento amoroso acabe mal. Além de manter políticas claras a respeito, a preocupação é mostrar que as normas valem para todos os funcionários.

O executivo britânico de 52 anos é divorciado e estava no posto mais alto da rede de lanchonetes desde de 2015. Ano passado ele ganhou o equivalente a R$ 65 milhões. Apesar da demissão, ele terá direito a 26 semanas de salários e poderá ganhar bônus se as metas foram alcançadas.

Sob a liderança de Easterbrook, as ações da empresa quase dobraram de valor, aumentando o valor de mercado em 147 milhões de dólares. A rede apresentou os melhores resultados do setor em anos, aumentando em 5,9% as vendas em lojas físicas.

Além de inovar cardápios e incrementar lojas, Easterbrook se empenhava em conquistar os clientes compram por aplicativos e pagam online e firmou acordos com empresas como Uber Eats. Ele será substituído pelo presidente do McDonald's nos EUA, Chris Kempczinski.

Nesta segunda-feira, primeiro dia após a demissão do CEO, as ações do McDonald's caíram 2,7%, uma perda de 4 bilhões de dólares (R$ 16 bihlões) no valor de mercado estimado em 143 bilhões de dólares (R$ 572 bilhões).