Apesar de nos últimos anos ter frequentado a parte de baixo da tabela, o objetivo do Fluminense no Brasileiro é a pré-Libertadores. Entretanto, o Tricolor é uma incógnita. Não apenas pela situação financeira delicada, que pode atrapalhar no decorrer da temporada, como também pelo desempenho.
Após início promissor, o time de Odair Hellmann mudou de esquema e de característica na volta do futebol. Com três volantes, o Tricolor ficou mais forte defensivamente, mas a produção ofensiva caiu (fez quatro gols em oito jogos). O ídolo Fred retornou sem balançar as redes e tem em Evanilson, que será titular amanhã contra o Grêmio fora de casa, uma sombra. Artilheiro do time, com 9 gols, Nenê não se achou na nova função, aberto pela direita.
Entre as baixas, Gilberto acertou com o Benfica durante a semana e não deve ser o único a sair. No orçamento aprovado por unanimidade na noite de quinta-feira, o Fluminense prevê R$ 70 milhões em venda de jogadores para alcançar um faturamento de R$ 240,3 milhões. E a principal esperança de fazer dinheiro é Marcos Paulo.
Com vínculo até meados de 2021, o atacante pode assinar um pré-contrato em janeiro. Por isso, a diretoria tenta agilizar uma negociação e quer pelo menos R$ 95 milhões (teria direito a 80% do valor). O problema é que o mercado europeu está retraído e propostas não chegaram: o Benfica já teria mostrado interesse.
"O valor pode ser menor do que queríamos. Vai depender do mercado, mas não tem nenhuma proposta. Se não recebermos alguma, tentaremos renovar. Marcos Paulo já deixou claro que jamais sairá sem que sejamos recompensados", disse o presidente do Flu, Mário Bittencourt.