Investigadores paraguaios realizaram ontem buscas na casa da foragida empresária Dalia López — responsável pela ida de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, ao Paraguai — e apreenderam bolas com a imagem de R10, documentos, agendas, gravações do circuito interno de segurança, produtos eletrônicos e um cofre. Buscas também foram realizadas na empresa Permanent Holding, da qual Dalia é acionista. Ela é acusada de liderar uma quadrilha formada por empresários e servidores públicos, que produzem documentos ilegais, entre outras atividades ilícitas.
Ronaldinho e Assis foram detidos no dia 4 de março, em um hotel de luxo de Assunção, com documentos paraguaios falsos. E há uma semana os dois irmãos estão presos, preventivamente, no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, na capital paraguaia, enquanto prosseguem as investigações sobre o suposto envolvimento da dupla no esquema.
Ontem, um tribunal de apelações, da segunda instância da Justiça paraguaia, rejeitou um recurso apresentado na véspera pelos advogados de R10 para transformar a prisão preventiva em domiciliar. Para negar o pedido, o tribunal alegou risco de fuga, além de questionar o fato de a defesa ter apresentado como endereço para a prisão domiciliar um imóvel sem relação direta com os dois irmãos.
A imprensa paraguaia especulou que o local seria uma casa avaliada em R$ 4 milhões, que seria de propriedade de amigos dos advogados, na cidade de Lambaré, perto de Assunção. A prisão preventiva pode durar até seis meses.