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Veterano com muitas novidades

Cantor faz samba-enredo da Unidos da Tijuca para 2020 e lança música nova com Xande de Pilares

Aos 70 anos, o cantor Jorge Aragão está com vários projetos
Aos 70 anos, o cantor Jorge Aragão está com vários projetos -

Jorge Aragão fez 70 anos em março, mas a festa pelas sete décadas continua. O cantor, que está no meio da turnê Jorge70, leva a comemoração para a Quadra da Portela neste sábado (às 13h, com ingressos a partir de R$ 25). No show, aproveita para lançar música nova, A Possibilidade, em parceria com Xande de Pilares.

E nada de tranquilidade com relação a novas composições: fazer música nova sempre vai ser um desafio para Jorge. "Se não for um desafio, não vale a pena", conta ele. O veterano, por sinal, é só elogios a Xande de Pilares. "Como outros parceiros que eu tenho, é caprichoso na hora de colocar uma harmonia bem trabalhada, com as nuances que eu gosto, e me sinto à vontade para escrever", elogia ele.

Carnaval

Jorge não resistiu ao convite da Unidos da Tijuca para compor o samba-enredo da agremiação em 2020. O enredo de Paulo Barros, Onde Moram Os Sonhos, ganhou composição de Aragão, Fadico, André Diniz, Totonho e Dudu Nobre. "Foi uma experiência totalmente diferente. É complicadíssimo fazer a história do samba com sinopse, no enredo. Pude perceber isso agora", ressalta.

Mesmo lançando A Possibilidade na Portela, Jorge não é portelense. Aliás, ele garante que não tem escola de samba. "Uma vez, a Leci Brandão comentou que eu era Imperatriz por conta da minha proximidade com o Cacique de Ramos. Na época que toquei com Martinho da Vila, disseram que eu era da Vila Isabel. Sou nascido e vivi minha adolescência toda em Padre Miguel, e algumas pessoas me relacionaram com a Mocidade Independente!", elenca. "Mas eu gosto de todo o Carnaval", afirma.

Após susto, sambista está de olho na saúde

O sambista recebeu alta em agosto após uma internação num hospital na Barra da Tijuca, durante a qual passou por uma angioplastia, para desobstruir as artérias do coração. De lá para cá, mesmo seguindo uma enorme agenda de shows, Jorge vem se cuidando. "A saúde vai bem. Sou de uma família de cardiopatas, isso é genético, e a minha má circulação também. Tenho 22 stents!", conta. "Felizmente tenho a tecnologia perto de mim, e ela trabalha ao lado da medicina para facilitar qualquer intervenção. Posso viver sabendo que há profissionais competentes para, no meu caso, chegar até o coração e desobstruí-lo ou consertar o que tem que consertar", completa. O sambista admite que poderia ajudar caminhando, cuidando mais da alimentação e dormindo com regularidade. "Eu varo a madrugada!", brinca.

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