Iniciativa lança Guia das Periferias para doadores

Guia das Periferias para Doadores, uma ferramenta estratégica de consulta destinada aos doadores no Brasil
Guia das Periferias para Doadores, uma ferramenta estratégica de consulta destinada aos doadores no Brasil -
A Iniciativa PIPA vai lançar, no dia 09 de maio, o Guia das Periferias para Doadores, uma ferramenta estratégica de consulta destinada aos doadores no Brasil, apresentando reflexões e metodologias que reposicionam as organizações de periferia na centralidade do ecossistema de doação.

“O guia é um documento que tem uma série de propostas e caminhos para o diálogo sobre os desafios que existem entre as instituições doadoras do ISP [Investimento Social Privado] e da filantropia e as organizações periféricas. Entendendo periferias a partir de um contexto plural e de vulnerabilidade social e estrutural, cuja população enfrenta muita dificuldade para acessar direitos básicos. Então, entendemos território periférico como as favelas, comunidades tradicionais, aldeias indígenas, quilombos, assentamentos, zonas rurais, etc”, explica Nildamara Torres, coordenadora de pesquisa da Iniciativa PIPA.


O diretor executivo da PIPA, Gelson Henrique, pontua que a atual lógica de alocação de investimento social privado não apenas perpetua desigualdades estruturais de raça, gênero e classe, como contribui para que pessoas e grupos periféricos, capazes de impactar as realidades de suas comunidades e territórios, não tenham acesso a recursos significativos para realizar seu trabalho.

O guia propõe inverter a lógica, quando muito se fala do que as organizações periféricas precisam fazer para terem financiamento, o guia evidencia o que as organizações doadoras podem avançar em agendas como pluralidade, equidade e escala de impacto a partir do trabalho que já fazem na estratégia de repasses de recursos no país. Para isso, o guia destaca três eixos, que podem começar a contribuir para os recursos serem mais facilmente distribuídos.

Nos últimos anos, o aumento no repasse de recursos a organizações sociais do país, ampliou as potencialidades institucionais do campo, fortalecendo este ecossistema de forma geral. “Mas, não considerar as organizações, coletivos e movimentos periféricos como atores prioritários para o recebimento de recursos de médio e grande porte, as práticas de financiamento filantrópico no Brasil perpetuam distorções na capacidade da sociedade civil em atender a demandas sociais e políticas urgentes e incentivam a não sustentabilidade do campo”, afirma Gelson Henrique.

Para ter acesso ao guia que ficará disponível a partir da próxima quinta-feira (9), basta acessar /www.iniciativapipa.org/

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