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Delegacia de Homicídios agenda reprodução simulada da operação policial que resultou na morte de João Pedro

Reconstituição acontecerá no dia 9 de junho. Nesta quarta, pai do adolescente e testemunha sobrevivente prestam depoimentos ao Ministério Público

João Pedro Matos Pinto tinha 14 anos
João Pedro Matos Pinto tinha 14 anos -
A Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) marcou a reprodução simulada da operação policial que resultou na morte do estudante João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, para a próxima terça-feira, dia 9 de junho. A informação foi confirmada pelo delegado titular da especializada, Allan Duarte Lacerda.
O adolescente foi baleado, no dia 18 de maio, durante uma operação da Polícia Federal, que contou o apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, que tinha o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra traficantes do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
O pai de João Pedro, Neilton Pinto, e o primo do menino que estava junto com ele na casa dos tios no momento do tiroteio, estão prestando depoimento, nesta quarta-feira, para promotores do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) do Ministério Público do Rio (MP/RJ). As oitivas iniciaram, por volta das 10h, através de videoconferência, com o pai do adolescente, e foram acompanhadas pelo Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio.
Celular de João Pedro será devolvido à família
A DH de Niterói cedeu ao pedido da Defensoria Pública que o celular de João Pedro fosse devolvido à sua família. O aparelho havia sido apreendido pela Polícia Civil no dia da operação policial.
"A Defensoria Pública enviou um ofício para a DH com a nota fiscal de um dos aparelhos que foi apreendido e isso comprova a propriedade do mesmo. Então, diante disso, eu falei que devolveria o celular. Só pedi para eles agendarem uma data para buscar, já me coloquei a disposição para devolver o celular na data que eles acharem mais interessante", explicou o delegado Allan Duarte.
Ainda segundo Allan, por enquanto a Delegacia de Homicídios não tem interesse no celular para as investigações. 
De acordo com a família de João Pedro, desde a ação eles não tiveram mais acesso à três celulares, o dele e de outros dois adolescentes sobreviventes, que estavam na casa, na localidade da Praia da Luz.
"No dia que ele foi baleado, eu mandei mensagem e não me responderam, claro, mas as mensagens estavam sendo entregues sim. Mas alguns amigos deles falaram que enquanto ele estava desaparecido, mandaram mensagens para o celular do João e elas foram visualizadas. Sabemos que na delegacia só tem dois aparelhos e já recebemos essa informação de que um deles foi liderado, mas ainda não estamos com ele", contou a tia da vítima, Denise Roza.  
João Pedro Matos Pinto tinha 14 anos Arquivo Pessoal
João Pedro Matos Pinto tem 14 anos Arquivo Pessoal