Três criminosos do Rio estão entre os foragidos mais perigosos do Brasil

Três criminosos do Rio estão entre os foragidos mais perigosos do Brasil, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Na quinta-feira, a pasta divulgou uma lista com os 26 nomes mais procurados do país. Entre eles estão os milicianos Wellington da Silva Braga, o Ecko, e seu braço direito Danilo Dias Lima, o Tandera, além do traficante Leomar Oliveira Barbosa, o Leozinho ou Playboy, do Comando Vermelho.

O ranking foi feito a partir de onze critérios, como atuação interestadual e transnacional, rede de relacionamentos, posição de liderança em organização criminosa violenta e capacidade financeira, entre outros. "Os selecionados são bastante perigosos, todos com mandado de prisão. Alguns podem estar foragidos no exterior e a divulgação da lista é para facilitar que eles sejam encontrados e os mandados cumpridos", explicou o ministro Sergio Moro.

Wellington da Silva Braga, o Ecko, é acusado de comandar a milícia Liga da Justiça, que atua em várias bairros da Zona Oeste e Baixada Fluminense. Ele assumiu a liderança da organização criminosa em 2017, depois da morte de seu irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes. Contra ele há 12 mandados de prisão em aberto. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, ele extorque comerciantes e moradores, cobrando taxas indevidas de segurança e explorando a distribuição clandestina de TV a cabo e venda de botijões de gás.

Homem de confiança de Ecko, Danilo Dias Lima, o Tandera, também está na lista. O criminoso atua em Seropédica e em outros municípios da Baixada. Ele é conhecido por ter estilo de vida luxuoso, gostando de ostentar mansões, cavalos de raça e carros. A suspeita é de que esses bens sejam fruto de lavagem de dinheiro proveniente da milícia.

Figura conhecida da polícia desde o início da década de 1990, o traficante Leomar Oliveira Barbosa, o Leozinho ou Playboy, também está na lista. Ele está foragido do sistema penitenciário desde 2018, quando foi solto indevidamente do Presídio Estadual de Formosa, em Goiás, após o cumprimento de um Alvará de Soltura da Vara da Justiça Federal. Segundo o ministério, o traficante também já foi braço direito de Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Apontado como chefe de uma milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste, e integrante do grupo de extermínio conhecido como Escritório do Crime, o ex-capitão da Polícia Militar do Rio, Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, está fora da lista dos mais procurados do Brasil. O ex-PM chegou a ser citado como suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora fluminense Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Em 2005, ele chegou a ser homenageado pelo então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj)