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'A culpa é do Cabral': Polícia Civil prende líder da milícia de São João de Meriti

Policial militar reformado Manoel Cabral Queiroz Junior, o Cabral, é investigado por pelo menos 18 homicídios

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Rio - Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam, na manhã desta sexta-feira, o policial militar reformado Manoel Cabral Queiroz Junior, conhecido como Cabral, apontado como chefe da milícia que atua no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Cabral é ex-candidato ao cargo de vereador na cidade. O bando chefiado pelo criminoso, segundo investigações da Polícia Civil, é acusado de pelo menos 18 homicídios. Um segundo miliciano também foi preso. 
Em maio desse ano, a polícia conseguiu prender o braço direito dele, Jonatas Cristiano dos Santos, conhecido como Maisena. Ele foi localizado no conjunto habitacional Venda Velha 01. 
As ações contra a milícia chefiada por Cabral se iniciaram agosto de 2017. Na ocasião, nove pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil com o Ministério Público. Na ocasião, 32 pessoas foram investigadas por formação de milícia privada, extorsão, tráfico de armas e munições, corrupção ativa e passiva, agiotagem e vários homicídios. Dez dos identificados respondem por 18 homicídios ou tentativas de homicídio.

Em dezembro de 2017, a Polícia Civil realizou a segunda fase da Operação "Fake Fireman" para prender policiais militares de dois batalhões da Baixada que estavam envolvidos com o grupo paramilitar. Na ocasião, os militares foram indiciados por corrupção passiva.

O miliciano é acusado de efetuar pagamentos de propinas para policiais militares lotados no 15º e 21º batalhões, em Duque de Caxias e São João de Meriti, respectivamente. O bando comandado por ele também é suspeito de cobrar "taxas de segurança" em dinheiro dos comerciantes e moradores de vários municípios.