Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) teriam perdido imagens que possibilitariam a identificação dos assassinos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, registradas cerca de três horas antes do crime, em 14 de março de 2018. A informação foi publicada ontem pelo site UOL e creditada a fontes ligadas à investigação. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil disse apenas que "o caso segue sob sigilo".
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz e o PM reformado Ronnie Lessa usaram um Cobalt prata e clonado para cometer o duplo homicídio, no Estácio. Ambos negam o crime.
Um relatório produzido pela DH-Capital aponta que a primeira imagem do carro dos suspeitos foi registrada às 17h34 daquele dia, no Quebra-Mar da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Às 18h16, as câmeras de um estabelecimento comercial flagraram o mesmo carro, também na Tijuca. A próxima imagem do veículo surge às 18h44, na Rua dos Inválidos, na Lapa, onde Marielle participou de um debate antes de ser assassinada.
Segundo a reportagem do UOL, agentes teriam obtido "/imagens relevantes" em outro estabelecimento da Tijuca, desses intervalo de 28 minutos. Segundo a publicação, "os policiais foram ao local logo após o atentado, salvaram as imagens em pendrive e retornaram cerca de 15 dias depois, alegando que tinham perdido o material. Porém, nesta ocasião não foi possível recuperar as imagens".