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Crueldade com bebê

Mãe é presa por espancar menino de 9 meses, que está grave

Wanderson Felipe Fernandes da Silva, 22 anos, Naiara de Lima Silva, 24 anos, e Edilaine de Araújo Assis, 19 anos, a mãe da criança espancada (de vinho), foram presos em flagrante e indiciados por tortura
Wanderson Felipe Fernandes da Silva, 22 anos, Naiara de Lima Silva, 24 anos, e Edilaine de Araújo Assis, 19 anos, a mãe da criança espancada (de vinho), foram presos em flagrante e indiciados por tortura -

Presa em flagrante por espancar o filho, um bebê de 9 meses que está internado em estado grave, Edilaine de Araújo Assis, de 19 anos, alegou, ao confessar o crime, que batia na criança porque ela "puxava o cabelo dela" e que não queria dormir. Além dela, um casal que deveria cuidar do menino também foi preso e os três vão responder por tortura.

De acordo com o delegado Fabrício Oliveira, titular da 22ª DP (Penha), Edilaine falou que por várias vezes bateu no filho. As agressões foram constatadas pela diretora do Instituto Médico Legal (IML), que foi pessoalmente ao Hospital Miguel Couto, na Zona Sul, e examinou a vítima. Ele está internado na UTI Neonatal da unidade e segue em estado grave. A legista confirmou a existência de lesão semelhante a queimadura de cigarro, o que caracteriza tortura.

Além da confissão, a 22ª DP ouviu os depoimentos de vizinhos e parentes da mulher, que morava na Fazendinha, no Complexo do Alemão, na Zona Norte. "Edilaine confessou que por diversas vezes agrediu o bebê com tapas, beliscões e chineladas. Alegou que batia porque ele fazia 'coisas erradas', como puxar o cabelo dela e também não querer dormir", contou o delegado.

O bebê deu entrada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, com marcas roxas de agressões diferentes, com fraturas nos arcos costais, traumatismo craniano e anemia. Wanderson Felipe Fernandes da Silva, de 22, e a mulher, Naiara de Lima Silva, de 24, também foram indiciados por tortura.

"O casal assumiu a responsabilidade de cuidar da criança enquanto a mãe trabalhava. Durante meses, perceberam as torturas e nada fizeram para impedir a prática do crime", explicou Oliveira.

Após levar o filho para o hospital, Edilaine foi à 16ª DP (Barra da Tijuca), onde prestou depoimento. Ela responsabilizou o casal preso pelas agressões contra o bebê e foi liberada. Mas, agora, os três foram indiciados pelo crime de tortura qualificada, por conta das graves lesões provocadas contra uma criança. A pena máxima prevista é de 10 anos de prisão.

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