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Corpo velado na creche

Crianças ficaram sem aulas enquanto bandidos se despediam de comparsa morto

Objetos e esculturas foram quebrados pelos criminosos, que deram ordem para fechar o espaço religioso, em funcionamento há 50 anos
Objetos e esculturas foram quebrados pelos criminosos, que deram ordem para fechar o espaço religioso, em funcionamento há 50 anos -

Criminosos do Morro do Engenho, no bairro Engenho da Rainha, na Zona Norte do Rio, obrigaram funcionários de uma creche municipal da comunidade a cederem o espaço para que o corpo de um homem suspeito de ligação com o tráfico de drogas fosse velado no local. O velório de Diego Durval de Castro, conhecido como 'Bananada', foi realizado durante a madrugada e a manhã de ontem, e as aulas no Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Hermenegildo de Barros foram canceladas. O criminoso morreu em uma troca de tiros com policiais do 3º BPM (Méier), na quinta-feira.

Nas redes sociais, simpatizantes de 'Bananada' convocaram moradores da comunidade a irem ao local do velório para homenagear o criminoso. "Pra quem quiser fazer as últimas homenagem (sic) pro amigo, corpo já está na quadra da Rua 7 até as 10h da manhã. Engenho de luto", escreveu um internauta. O corpo do traficante foi enterrado, ontem, no Cemitério de Inhaúma.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) não confirmou que bandidos tivessem entrado na escola para velar o corpo do traficante. Segundo o comunicado, "nesta sexta-feira não houve aula por falta de comparecimento de alunos". A SME, porém, não informou o motivo do não comparecimento dos alunos à creche, que funciona das 7h30 às 17h30.

A Polícia Militar se limitou a informar que "na manhã de quinta-feira equipes do 3º BPM (Méier) realizavam policiamento pela região do Engenho da Rainha quando, na Rua Júlia Cortez, criminosos atiraram contra os policiais. Houve confronto e um bandido foi atingido, não resistindo aos ferimentos. Com ele foram apreendidos uma pistola e um carregador calibre 9mm".

Já a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios (DH) instaurou inquérito para apurar a morte do suspeito. Ainda segundo a corporação, os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos e as investigações estão em andamento.

Objetos e esculturas foram quebrados pelos criminosos, que deram ordem para fechar o espaço religioso, em funcionamento há 50 anos Reprodução do Facebook
Terreiro de candomblé foi invadido e destruído em Parque Paulista, em Duque de Caxias Reprodução Facebook
Terreiro de candomblé foi invadido e destruído em Parque Paulista, em Duque de Caxias Reprodução Facebook
Terreiro de candomblé foi invadido e destruído em Parque Paulista, em Duque de Caxias Reprodução Facebook