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Indenização por abusos

Defensoria Pública tenta acordo extrajudicial com SuperVia para jovens agredidos

Jovens acusam dois policiais militares e seguranças da SuperVia de os obrigarem a fazer sexo oral
Jovens acusam dois policiais militares e seguranças da SuperVia de os obrigarem a fazer sexo oral -

A Defensoria Pública do Estado do Rio tem uma reunião marcada para as 16h30 de hoje com representantes da SuperVia. O objetivo é tentar um acordo extrajudicial com a concessionária a fim de indenizar por danos morais os dois jovens que denunciaram agressões e abuso sexual na estação de trem do Maracanã, no último domingo. 

"Entramos em contato com a SuperVia para celebrar uma indenização extrajudicial em favor dos jovens. Caso não seja bem-sucedida, vamos propor ação indenizatória contra o Estado e a SuperVia pelos danos morais sofridos", conta a subcoordenadora da Coordenadoria dos Direitos da Criança e do Adolescente da Defensoria, Beatriz Cruz.  

Os jovens e suas mães estiveram por cerca de duas horas no órgão, ontem. A defensora diz que os dois estão abalados e receberam atendimento psicológico. Além da indenização da SuperVia, a Defensoria também vai prestar assessoria jurídica aos jovens e tentar a indenização pelo dano emocional, do Estado do Rio, se ficar comprovado que os agressores são policiais.

PMs foram reconhecidos

Os jovens reconheceram, na quarta-feira, dois PMs como autores da agressão. O reconhecimento foi feito por meio de um álbum de fotografias da Corregedoria da Polícia Militar. A SuperVia identificou e demitiu dois seguranças que teriam participado do crime.

A Corregedoria da PM apura as informações passadas pelas vítimas. Se for comprovada a participação de policiais nas agressões e abusos, o próximo passo será identificar se eles estavam ou não de serviço. Se estavam a trabalho, os policiais devem responder por crime militar e o caso será investigado pela própria PM. Mas se no momento do crime eles estavam de folga, a investigação ficará com a Polícia Civil.

O delegado Roberto Ramos, titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), disse que abriu inquérito que poderá indiciar os quatro envolvidos nas agressões. Eles poderão responder por estupro, tortura e agressão.