Tinha até canhão

A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com as autoridades argentinas e o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, desarticulou uma organização criminosa responsável pelo tráfico de armas da Argentina para o Brasil.

A ação, nomeada de Operação Palak (nome do navio que realizou o transporte do armamento para a Argentina), foi deflagrada na quarta-feira e cumpriu 23 mandados de prisão, além de 52 de busca e apreensão. No total, foram apreendidas mais de 2.500 armas que seriam trazidas para o Brasil.

Entre as armas apreendidas há fuzis e metralhadoras, além de granadas e mais de 30 mil munições de diferentes calibres. Mas o que mais chamou a atenção das autoridades foi um canhão antiaéreo e minas antitanque que faziam parte do arsenal. De acordo com as investigações, que duraram oito meses, as armas traficadas pela organização criminosa vinham desmontadas da Europa e dos Estados Unidos, eram montadas na Argentina e passavam pelo Paraguai antes de chegar às mãos das facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Segundo reportagem publicada no site da revista Veja, com base em uma fonte da Polícia Federal, dois paulistas fazem parte da quadrilha. Um deles teria sido preso pela Polícia Civil paulista. Eles teriam o registro de atirador esportivo, concedido pelo Exército.