A polícia revelou ontem mais detalhes do crime que chocou a Região Oceânica de Niterói, na quarta-feira. No momento em que o médico endocrinologista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Samuel Cunha, de 69 anos, era morto a facadas pelo próprio filho, em Camboinhas, sua filha registrava queixa contra o irmão assassino na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói. Cristian Limpias Cunha, de 32 anos, foi preso em flagrante — por policiais que foram com a mulher até a casa da família — e confessou ter matado o pai.
"Na manhã de ontem (quarta-feira), o autor teria agredido a irmã. Ela, então, foi registrar queixa da agressão na Deam, no Centro de Niterói. Enquanto a mulher registrava a ocorrência, o irmão cometeu o assassinato do pai", disse a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), responsável pelo caso.
Cristian foi preso em flagrante ainda na cena do crime e confessou ter matado o pai. Segundo fontes da polícia, ele teria esquizofrenia e estaria drogado quando cometeu o assassinato. Há três meses a família já havia sofrido outra perda, com a morte da mãe.
Pelas redes sociais, amigos lamentaram a tragédia e destacaram a dedicação profissional de Samuel. "Aquele médico incrível que olhava o paciente nos olhos. Que sempre mencionava o quanto amava seus filhos, e família", escreveu uma amiga.
Samuel trabalhava no PAM de Alcântara há mais de 30 anos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo.