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Passarelas que ligam o abandono ao descaso

Má conservação de passagens na Av. Brasil e Linha Vermelha amedronta pedestres

O vigilante Cléber Luiz mostra buraco na grade de proteção na passarela que dá acesso à Ilha do Fundão
O vigilante Cléber Luiz mostra buraco na grade de proteção na passarela que dá acesso à Ilha do Fundão -

A realidade de quem precisa atravessar passarelas no Rio é de dar medo. A precariedade é evidente, como o MEIA HORA constatou ao percorrer algumas dessas passagens, principalmente na Zona Norte. A estudante Helen Assis vive momentos de tensão ao atravessar, diariamente, a passarela cinco da Avenida Brasil, em Manguinhos.

"A grade de proteção está quebrada em vários pontos, emendados com madeira. Isso é muito perigoso, alguém pode cair dali. E tem esses fios na lateral, acoplados a uma caixa que está grudada na grade de proteção. Fico com receio de levar um choque", disse.

Em maio, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (SMIH) anunciou R$ 15 milhões do investimento na reforma de 11 passarelas. Mas a lista das que precisam de reforma é maior do que a de contempladas com reformas.

A passarela provisória instalada em frente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também dá medo a quem depende dela. "Eu acho o piso frágil. Tenho medo de ele afundar", disse o padeiro Rodrigo Araújo, 27 anos. "Ela não está boa. Esse piso da escada está soltando", reclamou a dona de casa Ana Paula Silva, 38 anos.

A reportagem encontrou grades danificadas na passarela 9, no Complexo da Maré, e lixo acumulado na passarela 20, em Parada de Lucas.