Dezenas de pessoas participaram do enterro da estudante de direito Marcela de Souza Oliveira, de 26 anos, no começo da tarde de ontem, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A jovem estava desaparecida desde o dia 27 de maio e os seus restos mortais foram encontrados no sábado.
Antes do sepultamento, familiares e amigos cantaram músicas e fizeram uma oração diante do caixão, que ficou fechado durante toda a cerimônia. "Justiça só a de Deus", disse o inspetor penitenciário Jefferson de Jesus Oliveira, pai da jovem. A mãe da jovem, a dona de casa Maria da Penha Oliveira, estava muito abalada.
O namorado de Marcela, o vidraceiro William dos Santos, de 33 anos, preferiu não falar com os jornalistas. O homem ficou o tempo todo ao lado do caixão, segurando um ramalhete de flores.
Até ontem, cinco pessoas já haviam prestado depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Os pais da jovem afirmaram que ela não tinha inimigos e que não estava recebendo nenhum tipo de ameaça.
Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu, a estudante foi assassinada com um tiro na cabeça, na região da nuca. O laudo preliminar do exame cadavérico também descartou que Marcela tenha sofrido algum tipo de violência sexual.
A mãe de Marcela foi a última a falar com ela antes do desaparecimento. A estudante de Direito estava na casa do namorado e prometeu voltar para a casa da mãe depois de dar comida aos cães. William disse que deixou Marcela dormindo quando saiu para o trabalho.