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Educação nas ruas

MEC proíbe divulgação de atos em horário escolar

Estudantes vão novamente às ruas contra cortes na educação pública
Estudantes vão novamente às ruas contra cortes na educação pública -

Em meio aos atos registrados em pelo menos 126 cidades do país, o Ministério da Educação (MEC) divulgou uma nota, ontem à tarde, proibindo professores, servidores, funcionários, alunos e até os responsáveis de estimular os protestos durante o horário escolar. A orientação é de que sejam feitas denúncias pelo site da ouvidoria do MEC para informar o descumprimento da determinação. "Nenhuma instituição de ensino pública tem prerrogativa legal para incentivar movimentos políticos partidários e promover a participação de alunos em manifestação", alerta a nota.

Batizados de #30MpelaEducação, os protestos são uma reedição daqueles ocorridos no dia 15 deste mês, quando cerca de 1,5 milhão foram às ruas de cerca de 200 cidades, segundo os organizadores. Pela manhã, as manifestações foram pacíficas. À tarde, houve confusão em Brasília. Durante o tumulto, policiais militares usaram spray de pimenta contra um grupo de participantes. Um homem foi detido.

Na Candelária, no Centro do Rio, estudantes, integrantes de movimentos sociais e sindicatos, que se mobilizaram pelas redes sociais, se concentraram à tarde. "Não tem balbúrdia. Tem professores e alunos comprometidos com o debate de ideias plurais, com a produção de conhecimento, com o ensino e a pesquisa", tuitou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), que participou do ato.

O ministro da Educação, Abrahan Weintraub, publicou ontem um vídeo ironizando os boatos de que as obras para recuperação do museu nacional estariam sendo paralisadas pelo MEC. No vídeo, ele aparece com um guarda-chuva e diz: 'está chovendo fake news'.