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Mandantes transferidos

Três dos 55 mortos no massacre teriam executado rivais em motim anterior

Agentes invadiram unidade de Puraquequara para conter situação
Agentes invadiram unidade de Puraquequara para conter situação -

Nove detentos acusados de serem mandantes do massacre que deixou 55 mortes em presídios de Manaus devem ser transferidos para penitenciárias federais até o fim de semana. A informação, dada pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi confirmada pelo ministro da Justiça Sérgio Moro. "Vamos disponibilizar vagas nos presídios federais para transferência das lideranças envolvidas nesses massacres", tuitou Moro, na madrugada de ontem. A chacina ocorreu entre domingo e segunda-feira em quatro unidades prisionais. Os autores do motim mataram as vítimas por asfixia e até com escovas de dente afiadas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda enviará uma Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar nas unidades. "A ideia é que 100 homens cheguem até o final de semana", disse o governador. As mortes teriam sido motivadas por uma disputa de poder dentro da mesma organização criminosa.

Envolvidos em outro motim

Pelo menos três das vítimas fatais participaram de outra chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no dia 1º de janeiro de 2017, deixando 56 mortes em uma rebelião com 17 horas de duração. Nelson Picanço de Oliveira, Rodrigo Oliveira Pimentel e Ivanilson Calheiros Amorim foram acusados pelo Ministério Público de assassinar e esquartejar detentos rivais, ligados a uma facção paulista, em meio a uma disputa pelo controle da unidade prisional. Segundo o MP, eles filmaram e fotografaram as mortes para espalhar pânico entre os rivais.

Agentes invadiram unidade de Puraquequara para conter situação AFP
Ataques com escovas de dentes e 'mata-leão' causaram a morte de detentos durante a manhã de domingo no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus Reprodução/ TV Globo