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Militares são denunciados pela morte de músico e catador

Promotoria de Justiça Militar enquadrou 12 envolvidos

Automóvel de Evaldo dos Santos foi atingido por mais de 80 tiros. Na ação também morreu Luciano Macedo
Automóvel de Evaldo dos Santos foi atingido por mais de 80 tiros. Na ação também morreu Luciano Macedo -

A Promotoria de Justiça Militar denunciou 12 militares pela morte do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, no Rio de Janeiro, no dia 8 de abril. Eles foram enquadrados nos crimes de tentativa de homicídio qualificado, homicídios qualificados e omissão de socorro. "Não foram encontradas armas ou outros objetos de crime com as vítimas", ressaltam as promotoras Najla Nassif Palma e Andrea Blumm Ferreira.

Na denúncia, as promotoras detalham que os militares dispararam 257 tiros de fuzil e de pistola. Em denúncia, afirmam que "atuando em legítima defesa de terceiros que estavam sob mira de pistolas, agiram com excesso ao efetuar, em união de esforços e unidade de desígnio, um grande número de disparos contra os autores do roubo, usando armamento de alto potencial destrutivo em área urbana".

Evaldo e sua família iam para um chá de bebê em um carro branco. No veículo estavam a mulher dele, o filho de 7 anos, uma amiga e o sogro. Ao passar por uma patrulha do Exército na Estrada do Camboatá, em Guadalupe, o veículo foi alvejado com pelo menos 80 tiros pelos militares. O músico morreu no local. O sogro dele ficou ferido, mas sobreviveu. O catador Luciano Macedo, que tentou ajudar a família do músico, também foi atingido e morreu dias depois. Dos militares envolvidos na ação, 11 continuam presos.