Uma idosa, de 76 anos, precisou aguardar mais de 12 horas para receber o diagnóstico, na emergência do Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, na noite de quinta-feira. A unidade operava com apenas uma ambulância e não tinha tomógrafo.
De acordo com os familiares, a aposentada Guacira Fontes deu entrada na emergência por volta das 20h e só foi diagnosticada às 9h30 de sexta-feira. O hospital disse que não tinha tomógrafo e a paciente ficou cerca de cinco horas esperando transferência para fazer o exame no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
"Um funcionário disse que o tomógrafo está quebrado e que tinha um novo para ser instalado, mas ainda não tinha sido montado. Quando chegamos no Salgado Filho, pacientes do Souza Aguiar, Miguel Couto e do Saracuruna falaram que estavam com o mesmo problema", disse Elaine Fontes, filha da aposentada, que também reclamou da falta de servidores.
"Os funcionários foram super atenciosos com a gente, mas a situação está precária; alguns remédios não tinham no ambulatório. São poucos enfermeiros e poucos médicos para muita gente, não tem local adequado para colocar todo mundo", lamentou. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não havia respondido até o fechamento desta edição.