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As mulheres no poder

Mais da metade das empresas de 2017 foram abertas por empreendedoras, diz Sebrae

Aleteia Hansen investiu R$ 7,5 mil em uma microfranquia
Aleteia Hansen investiu R$ 7,5 mil em uma microfranquia -

O Brasil já reúne quase 8 milhões de mulheres empreendedoras. E o crescimento não para. Mais da metade (51,5%) das 955 mil novas empresas registradas no ano passado foram abertas por mulheres, segundo o Sebrae. Uma das portas de entrada é o segmento de microfranquias, que lidera como o modelo preferido delas. Com investimento inicial considerado baixo, as empresas oferecem a possibilidade de trabalhar em casa e sem funcionários, com dedicação total ou apenas como uma renda extra.

Aleteia Hansen está entre aquelas que apostam neste mercado. Com dificuldade para colocar suas ideias em prática, investiu R$ 7,5 mil em uma microfranquia da Acqio, rede com foco em pagamentos eletrônicos. Para ela, a receita do sucesso é a responsabilidade que as mulheres têm. "É um mercado de maioria masculina, mas sei lidar de igual para igual. Temos muito a oferecer, tanto com o conhecimento quanto com o comprometimento. Como mulher, acho maravilhoso que haja o interesse das empresas", diz Aleteia.

Donas do próprio negócio

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), quatro em cada dez lares brasileiros são chefiados por mulheres. Destas, 40% são donas de negócios próprios e um terço trabalha em casa. Muitas começaram a empreender por acaso e acabaram adotando uma segunda profissão.

Incentivo para o empreendedorismo

A Acqio incentiva o aumento da participação das mulheres. Entre os mais de 750 empresários parceiros, 25% já correspondem ao sexo feminino. No entanto, segundo o diretor de marketing da rede, Carlos Rollo, a atenção da mulher ao negócio foi o que atraiu a rede: "O comprometimento com a marca, a garra e a vontade de fazer acontecer são as principais características que elas possuem. Alinhado ao treinamento e o suporte que damos, o resultado é satisfatório para nós, que queremos crescer. E para a franqueada, que busca uma boa renda no fim do mês". Até o fim do ano, a expectativa é de contar com 200 novas franqueadas. "Nunca tivemos preferência por um gênero, mas o potencial existe nelas. O plano de foco no corporativismo feminino é esse ano. Mas com possibilidade de continuarmos por mais um período", explica.