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Potência não é documento

Modelos 1.0 tiveram o quarto melhor resultado entre as marcas de maior volume

Quando ainda não havia tantas opções auxiliadas por turbocompressores, modelos equipados com propulsores 1.0 eram vistos com certa desconfiança, o que acabava por impactar na hora da revenda. Mas será que isso mudou? De acordo com levantamento feito pela Kelley Blue Book (KBB Brasil), site especializado em avaliação de carros, não é mais assim que o mercado funciona.

Segundo a pesquisa, que analisou a depreciação de 300 veículos de todas as categorias, ano 2019, os motores com um litro, ou mil cilindradas, anotaram a quarta melhor colocação, com 10,20% de perda. O ranking inclui, ao todo, nove motorizações instaladas por marcas de maior volume no país que vão até o 2.0.

Os modelos com menor perda de valor após um ano foram os equipados com o motor 1.2 litro (-6,45%). Mas o propulsor é um caso particular, já que equipa apenas apenas dois modelos vendidos no mercado nacional: Citröen C3 e Peugeot 208. Chamado de Puretech, o propulsor aspirado rende 90 cv, quando abastecido com etanol.

Por outro lado, os motores 1.4L e 1.8L anotaram as maiores médias de desvalorização no intervalo de um ano, com 11,55% e 10,99%, respectivamente. A depreciação média para as nove litragens de motor, ainda segundo a pesquisa da KBB, é de 10,26%.

No caso dos motores acima dos dois litros — que, geralmente, estão atrelados a modelos de segmentos de luxo, acima de R$ 200 mil —, a perda média de valor em 6,14%.

Novas opções 1.0

O foco em questões de eficiência energética trazidas de outros mercados para o Brasil nos últimos anos vem influenciando na chegada de motores menores, mas ainda assim potentes. Exemplo disso, a Chevrolet e a sul-coreana Hyundai, lançaram novos propulsores 1.0 turbo. No ano que vem, deve ser a vez da Fiat trazer propulsores pequenos, associados a turbocompressores.