E a briga entre os sedãs médios promete ficar acirrada no fim de ano. Depois de Toyota Corolla, Chevrolet Cruze e mais cedo Volkswagen Jetta se atualizarem, o segmento acaba de ganhar um novo concorrente, o Kia Cerato. O modelo chega com design agressivo, maior e melhor equipado, além de mais potente graças à troca do 'questionado' motor 1.6 por versão 2.0 de 167 cv.
O veículo chega às concessionárias em duas versões: EX por R$ 94.990 e SX, por R$ 104.990. O preço é, em média, R$ 5 mil mais baixo que seus concorrentes diretos, entre eles o líder absoluto Toyota Corolla e o Honda Civic.
A principal novidade da linha 2020 do Cerato, o motor 2.0 de quatro cilindros aspirado NU2, é uma evolução do NU usado no SUV Sportage. Apesar disso, o modelo entrega os mesmos 167 cv de potência e 20,6 kgfm de torque. O motor fica acoplado ao câmbio automático de seis marchas do tipo conversor de torque, com sistema de modos de condução.
O visual do Cerato é outra mudança importante. Após beber da fonte do Stinger GT, o modelo entrega desenho jovem, com dianteira imponente, lateral espichada e traseira menos comum. Destaque para a frente, onde foi mantida a grade em formato 'nariz de tigre' e acrescidos novos detalhes, como o conjunto ótico e para-choque.
De perfil, as novas rodas de liga chamam atenção pelo design, mas não pelo tamanho. São 16 polegadas, com pneus de perfil alto — uma polegada a mais já deixaria o visual mais interessante. Atrás, destaque para as lanternas de LED unidas por barra defletora. Assim como na dianteira, luz de ré e setas agora ficam no para-choque. Apesar de deixar o Cerato 'diferentão', a escolha pela posição pede atenção redobrada em manobras.
A nova geração do sedã sul-coreano também está maior quando comparada à linha anterior. São oito cm a mais no comprimento e dois cm na largura, ficando com 4,64 metros e 1,80 m, respectivamente. Com o (já bom) entre-eixos de 2,70 m — mesma medida do Corolla —, sobrou espaço para crescer o porta-malas que passa para 520 litros (quase 100 litros a mais).