Na temporada que vai até abril, sete transatlânticos chegam para os cruzeiros no país, causando impacto na economia. Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), a expectativa é que sejam gerados 30 mil vagas.
A estimativa é puxada pelo aumento no número de cruzeiristas. De acordo com a Clia Brasil, serão 560 mil leitos, 15% a mais do que na temporada passada. O impacto econômico previsto é de R$ 2 bilhões. As oportunidades contemplam atividades dentro e fora do navio.
Segundo o levantamento da associação, os 30 mil empregos se referem a vagas que envolvem agências receptivas de turismo, bares e restaurantes, meios de transporte, rede hoteleira e comércio (presentes). Um pré-requisito fundamental é ter inglês avançado ou fluente.
Salário em dólar ou euro
Ainda segundo a entidade, brasileiros se destacam como garçons, na brinquedoteca, nas atividades de entretenimento, arrumação de quarto e cozinha. Os contratos são firmados, em média, por sete meses. Dentre as vantagens do trabalho embarcado, o salário em dólar ou até em euro. "Fora as gorjetas, que costumam ser altas. É uma cultura do estrangeiro. Além disso, a estadia e alimentação estão incluídas", diz Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.
De acordo com a Lei Federal de Cabotagem, os navios que permanecem no país por mais de 30 dias precisam ter cota mínima de 15% de tripulantes brasileiros. Até os navios que operam no exterior escolhem profissionais do Brasil. "Os brasileiros são muito procurados por serem autênticos, extrovertidos, atenciosos e terem muita energia para trabalhar", avalia Marcelo Del Bel, executivo da Infinity Brazil, empresa responsável pelo recrutamento de mão de obra para cruzeiros.