Mais Lidas

Eletronuclear na mira da Lava Jato

Ex-ministro e ex-deputado estão entre os alvos

A força-tarefa da Lava Jato deflagrou, ontem, a Operação Fiat Lux para apurar fraudes na Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, com pagamentos no exterior. O ex-ministro Silas Rondeau, que chefiou a pasta das Minas e Energia entre 2005 e 2007, é um dos 12 alvos da ação. Equipes estiveram em endereços em Ipanema, na Zona Sul do Rio, e em Brasília, com mandados de prisão e de busca e apreensão. Mas, à noite, a Justiça Federal cancelou todas as 12 ordens de prisão, por "violação aos princípios constitucionais da não autoincriminação e da presunção de inocência". Outro alvo da operação é o ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes (DEM-CE).

No início do mês, a 2ª Turma do STF condenou Aníbal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-parlamentar foi acusado de receber R$ 3 milhões em propina, juntamente com o engenheiro Luiz Carlos Batista Sá, que é outro alvo da operação. Ao todo, seis pessoas chegaram a ser presas ontem, entre elas Ana Cristina Toniolo, filha de Othon Pinheiro, ex-presidente da Eletronuclear.

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, havia expedido, ao todo, 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.

A Lava Jato pediu também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos supostos danos materiais e morais causados, no valor de R$ 207 milhões. A investigação teve como base a colaboração premiada dos lobistas Jorge Luz e o filho, Bruno, ligados ao MDB.

Comentários