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Paulo Marinho será ouvido

Investigação no STF sobre interferência avança

Ainda sob o rescaldo do incêndio de sexta-feira, quando foi levantado o sigilo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, Jair Bolsonaro (sem partido) viu avançar o inquérito que apura, no Supremo Tribunal Federal, se houve interferência sua na Polícia Federal, como acusa o ex-ministro Sergio Moro. Ontem, ficou definida a data em que o ex-aliado Paulo Marinho será ouvido por procuradores e pela PF: a próxima terça-feira, na superintendência do Rio.

O depoimento foi um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), para que fosse incluído no processo aberto pelo ministro do STF Celso de Mello. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Marinho disse que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, foi avisado com antecedência, entre o primeiro e segundo turnos da eleição de 2018, sobre as investigações a respeito de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e o esquema de rachadinhas no gabinete do então deputado, na Alerj.

Ontem, Bolsonaro publicou trechos do vídeo, com a intenção de reforçar que cobrou de Moro uma posição mais forte em relação a detenções de pessoas por quebra do isolamento social: "Vai ficar quieto até quando?", destacou do vídeo, que foi apontado pelo ex-ministro como prova de que ele teria interferido na PF do Rio.

A parte compartilhada pelo presidente nas redes sociais só não exibe a que ele pressiona Moro sobre não ter informações da PF nem conseguido trocar "gente da segurança nossa no Rio de Janeiro". Pouco menos de um mês antes da reunião, Bolsonaro havia trocado, sem dificuldades, a chefia de sua segurança pessoal no Rio.

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