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Águia de Ouro campeã

Escola ganha título inédito com enredo sobre o conhecimento

A Águia de Ouro conquistou nesta terça-feira, 25, seu primeiro título do carnaval paulistano, com um dos enredos mais politizados dos dois dias de desfile no sambódromo do Anhembi. Para falar sobre "o poder do saber", da idade da pedra a esperança dos robôs, a agremiação da Pompeia abordou benefícios e problemas do conhecimento em 26 alas. Numa apuração emocionante, a escola se manteve entre as primeiras desde o início, mas só assumiu a liderança na penúltima categoria. Pérola Negra e X-9 foram rebaixadas.

A apuração foi na maior parte do tempo liderada pela Acadêmicos do Tatuapé, campeã em 2017 e 2018, seguida pela Mancha Verde, campeão em 2019. Tudo mudou no quesito Alegoria. O julgador Marco Antônio Cardoso, de Alegoria, teve as notas anuladas porque ele foi flagrado sambando durante o desfile da Tatuapé. Assim, o quesito teve apenas três avaliadores e não houve descarte de notas.

"Eu não sei o que tô sentido, eu tô muito feliz. A comunidade da Pompeia está há 43 anos atrás desse título", disse o mestre Juca, da Águia de Ouro. Representando o presidente da escola na apuração, mestre Juca disse que a união da comunidade levou a agremiação à vitória. "A gente veio do grupo de acesso em 2019, ficamos em sexto lugar no Grupo Especial e provamos que a gente era grande", desabafou.

A maior decepção foi a Gaviões da Fiel, que trouxe o carnavalesco Paulo Barros para São Paulo. Após uma morna recepção na avenida, o desfile não foi bem avaliado e a agremiação ficou sob ameaça de cair até o penúltimo quesito.

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