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Agulhadas na rua

Vinte e três relataram ataques em Recife e Olinda

Pelo menos 23 pessoas, entre elas uma criança, teriam sido vítimas de ataques com agulhas durante os desfiles e blocos do Carnaval de rua em Recife e Olinda. Quinze mulheres e sete homens foram socorridos em unidades de saúde. Todos passaram por exames e receberam tratamento para prevenção de doenças. Até a manhã de domingo, 12 pessoas haviam sido atendidas no Hospital Correira Picanço, na Zona Norte da capital pernambucana, considerado de referência incidentes do tipo.

A ilustradora Larissa Falcão relatou em uma rede social que foi atacada enquanto brincava o carnaval nas ladeiras de Olinda. Segundo o relato compartilhado no Twitter, ela foi atingida na tarde do sábado de Carnaval. No hospital, conheceu outras vítimas que relataram agressões semelhantes. O crime aconteceu quando ela foi ao banheiro. A ação foi rápida e evitou que ela conseguisse identificar o agressor. "E eu não tava sozinha nem nada. Tava acompanhada, brinquei a manhã todinha e de tarde rolou isso. Agora já to melhor, mas meu psicológico não tá nada bem", escreveu no Twitter.

As vítimas das agulhadas deverão retornar ao hospital no prazo de 30 dias para reavaliação do quadro de saúde.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que nenhuma das vítimas apresentou resultado positivo para o teste de HIV, o vírus da Aids, e lembrou que o risco de transmissão do HIV por agulha e muito baixo, em torno de 0,3%.

Em 2019, 300 pessoas disseram ter sofrido ataque com agulhas no Carnaval em Recife e Olinda. Nenhum suspeito foi identificado por meio dos retratos falados mostrados às vítimas e a polícia investiga a motivação para os ataques com agulhas a foliões.

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