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Fugiram pelo esgoto

Bandidos do PCC cavaram túnel do banheiro da cadeia para fora do presídio

Setenta e cinco membros e colaboradores da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) — 40 brasileiros — fugiram na madrugada de ontem da penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil em Ponta Porã (MS). O Ministério da Justiça determinou o fechamento da fronteira.

Os fugitivos cavaram um túnel entre o banheiro de um pavilhão e a área externa do presídio. Autoridades paraguaias, contudo, acreditam que parte dos criminosos tenha escapado pela porta da frente, com a cumplicidade de funcionários do presídio.

Apenas um preso foi capturado enquanto tentava fugir.

A Polícia de Ponta Porã encontrou três veículos queimados na BR-463, próximo ao distrito de Sanga Puitã, do lado brasileiro da fronteira.

A Ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, entregou o cargo e disse acreditar que agentes penitenciários tenham facilitado a fuga. Em coletiva, ela lembrou que o Ministério descobriu em dezembro a existência de um plano de "fuga ou resgate" do PCC, pelo qual agentes penitenciários receberiam 80 mil dólares (cerca de R$ 340 mil) pela liberdade de líderes da facção.

Um dos fugitivos é David Timóteo Ferreira, considerado o líder do PCC nas cadeias do Paraguai. Outros seis são tidos como matadores de aluguel ligados ao tráfico. O Paraguai decretou alerta máximo de segurança porque maioria dos fugitivos é de alta periculosidade.

O governo do Mato Grosso do Sul declarou que também seriam fechadas as divisas com os estados de São Paulo, Paraná e Goiás.

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