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PMs afastados da rua

Nove mortos pisoteados em Paraisópolis tinham entre 14 e 23 anos

Seis dos 38 policiais militares que participaram da ação em baile funk que deixou nove mortos e 12 feridos em Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, na madrugada de domingo, foram afastados ontem do trabalho na rua e alocados em tarefas administrativas. Todas as vítimas morreram pisoteadas após ação da PM provocar tumulto no baile que reunia cerca de 5 mil pessoas em ruas da comunidade, a segunda maior de São Paulo.

Ontem, o governador João Doria (PSDB) afirmou que a política de segurança não será alterada. "Seja por obediência à lei do silêncio, seja por busca e apreensão de drogas ou fruto de roubos, as ações vão continuar". E completou: "A existência de um fato não inibe a ação, mas exige apuração".

As nove vítimas fatais, que tinham entre 14 e 23 anos, foram identificadas. São elas: Gustavo Cruz Xavier, 14 anos; Dennys Guilherme dos Santos Franca; Denys Henrique Quirino da Silva e Marcos Paulo Oliveira dos Santos, todos de 16 anos; Luara Victoria de Oliveira, 18 anos; Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos; Eduardo Silva, 21 anos; Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos; e Mateus dos Santos Costa, 23 anos.

Policiais afirmam que foram atacados a tiros por dois homens de moto, que fugiram para o baile, onde os PMs foram agredidos com pedras e garrafas. Testemunhas dizem que quando os PMs fecharam duas ruas e que foram usadas armas de fogo, cassetetes, bombas de gás e balas de borracha contra a população.

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