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Útero revistado na penitenciária

Mulher é indenizada em R$ 100 mil

Mãe e filha tentavam ingressar na unidade para visitar uma parente
Mãe e filha tentavam ingressar na unidade para visitar uma parente -

Revista antes de entrar num presídio é de praxe, mas um caso específico rendeu indenização de R$ 100 mil, por danos morais, para uma visitante. Ela teve o canal vaginal e o útero vistoriados ao tentar visitar a avó na Penitenciária Feminina de Sant'Ana, em São Paulo. Ela estava com a filha de 2 anos.

Após passar pelo scanner corporal, um agente lhe informou que algo de suspeito havia sido detectado em seu útero. Tanto a mulher quanto a criança foram para uma sala à parte. A diretoria do presídio acionou uma viatura da PM e, a partir daí, a mulher passou a receber ameaças.

Segundo a Folha de S. Paulo, ela foi coagida por quatro policiais, sendo três homens. Eles disseram para ela "entregar o BO", pois caso contrário seria detida em flagrante e sua filha, levada pelo Conselho Tutelar. A mulher — que não foi identificada — e a filha foram levadas a um hospital. Lá, foi forçada a realizar exames médicos invasivos, inclusive toque e coleta de sangue. Os dois resultados deram negativo e descartaram a presença de objetos no seu útero e canal vaginal. Mesmo assim, a mulher foi submetida a outros procedimentos, como tomografia, ultrassom e radiografia.

A Procuradoria-Geral do estado recorreu da decisão, ainda segundo a Folha de S. Paulo.

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