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Trump dá apoio a Bolsonaro

Presidente dos EUA faz elogio em meio a críticas internacionais ao governo

Bolsonaro voltou a criticar demarcação de terras indígenas
Bolsonaro voltou a criticar demarcação de terras indígenas -

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda estava às turras com o francês Emmanuel Macron quando saiu, de um post no Twitter de Donald Trump, seu único apoio internacional até agora: "Ele está trabalhando duro em relação aos incêndios na Amazônia e em todos os aspectos, fazendo um ótimo trabalho para o povo do Brasil — o que não é fácil. Ele e seu país têm o apoio total e completo dos EUA!".

Bolsonaro se reuniu, ontem, com governadores da Região Amazônica e, ao encerrar o encontro, afirmou haver uma pressão internacional para demarcação de terras indígenas e quilombolas no Brasil. "Se eu demarcar agora, pode ter certeza que o fogo acaba em cinco minutos", disse.

Para o presidente, a destinação de terras para estes fins e também a criação de parques nacionais está levando o país à "insolvência" e que os recursos do Fundo Amazônia "têm um preço".

Ao deixar o Palácio da Alvorada, ontem, Bolsonaro foi questionado sobre a ajuda de 20 milhões de euros (cerca de R$ 92 milhões) anunciada pelo G7 (grupo das maiores economias do mundo) e disse que só conversará sobre o assunto se o presidente da França retirar os "insultos" que fez a ele.

Macron declarou emergência global os incêndios na Amazônia e disse que pode não ratificar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia devido às "mentiras" de Bolsonaro quanto ao seu real comprometimento para preservar o meio ambiente. O presidente francês também levantou a possibilidade de um status internacional para a Amazônia.

Molecagem

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, opinou na polêmica, afirmando que a França deixou destruição e miséria por onde passou, e foi além, dizendo que Macron age com "molecagem" ao falar sobre os incêndios na Amazônia.

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