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E-mails apontam acordos suspeitos

Escritório de primeira-dama usado para propinas

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu pelo afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador, aceitou como prova de recebimento de valores ilícitos emails enviados pelo político do PSC para a primeira-dama, Helena Witzel. O MEIA HORA teve acesso à decisão e aos emails. Segundo o ministro, o escritório de Helena Witzel foi usado para "escamotear o pagamento de vantagens indevidas ao governador, por meio de contratos firmados com pelo menos quatro entidades de saúde".

De acordo com emails obtidos na nuvem dos computadores usados pelo governador e apreendidos, Witzel enviou para Helena, por exemplo, dois emails no dia 19 de março deste ano com as minutas do contrato de honorários com o Hospital Jardim Amália (Hinja).

Para denúncia da PGR, isso "demonstra que ele participou ativamente sua tratativa, forjando o próprio contrato", que previa o pagamento de R$ 240 mil para Helena fazer somente uma juntada de procuração para o hospital.

No entanto, o processo já havia sido suspenso na Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a PGR, o contrato tinha um motivo: beneficiar a empresa com repasses do governo. Isso porque, após a assinatura do contrato, a empresa recebeu custeio com dinheiro público no valor de R$ 5.349.818,40.