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Ônibus só na promessa

Passageiros continuam a reclamar do desaparecimento de coletivos de várias linhas

Dois dias após a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) anunciar o retorno de 33 linhas de ônibus regulares que circulam na capital, passageiros voltaram a reclamar do mesmo problema: o desaparecimento dos coletivos. Ao todo, o órgão recebeu, durante a pandemia, reclamações pelo sumiço ou redução de 156 linhas. A Zona Oeste do Rio é a região mais atingida.

Quem precisa de ônibus reclama que falta fiscalização nas ruas. Em Campo Grande, o aposentado Maurício Pimenta Aguiar, 67 anos, desistiu após esperar três horas debaixo de sol e pegou uma van de volta para casa. "É um absurdo. A gente não entende como não tem um fiscal para controlar a chegada dos ônibus. Esse sofrimento é antigo, são mais de 40 anos nas mãos desses empresários", reclama.

Na segunda-feira, a Prefeitura do Rio anunciou o retorno de 33 linhas que estavam desaparecidas. Fiscais da pasta visitaram dez garagens e encontraram parados equipes e veículos que deveriam estar nas ruas.

Quem precisa do transporte público no Rio questiona as más condições coletivos que circulam na cidade. "É um pior do que o outro. Vai de pneu careca a buraco dentro dos ônibus. Se eu fosse o prefeito teria vergonha de dizer que o carioca paga a passagem mais barata do país", diz a estudante Paloma Celina Jacinto, moradora de Sepetiba. Procurada, a prefeitura não comentou o assunto.