Rolé na pandemia

Em uma das mãos as câmeras fotográficas, na outra o álcool em gel. Essa era a cena mais vista na reabertura dos pontos turísticos do Rio, que estavam fechados há cinco meses. A retomada foi autorizada pelo governo e prefeitura no dia 15 de julho, mas, por decisão das próprias atrações, a retomada foi adiada para ontem. No Corcovado, Pão de Açúcar, AquaRio e roda-gigante RioStar, placas pediam o distanciamento entre as pessoas, que obedeceram as medidas de segurança como o uso de máscaras.

Por volta das 13h, um grupo já formava fila para acessar a roda-gigante RioStar, na Zona Portuária. Mais cedo, a situação era parecida no aquário AquaRio, no Boulevard Olímpico. Quem optou por ir na reabertura notou as diferenças para o acesso, com medidas de segurança contra a covid-19.

"Está tudo funcionando muito bem, bem limpo. Até estranhamos que eles estão dando um intervalo de três gôndolas para cada grupo de visitantes", contam as três irmãs de São Gonçalo, Vilena de Souza, 46, Verônica de Souza, 44, e Vera de Souza, 48, no AquaRio.

Para atender a demanda e não expor o visitante a nenhum risco no novo normal, o AquaRio reduziu a capacidade de 1000 visitantes por hora para apenas 200.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reabriu o Parque Nacional da Tijuca, ontem. A cerimônia ocorreu aos pés do Cristo Redentor. No discurso, Salles, que não usou a máscara em diversos momentos do discurso, destacou mais os feitos do governo federal, mas também aproveitou para criticar governos estaduais: "Essa política de fechamento total trouxe consequências muito danosas".