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Dia da loirinha gelada

Cariocas prometem brindar, e muito, na data em que a cerveja é comemorada

Alexandre Zuza, o 'Xandão': máscara especial para beber
Alexandre Zuza, o 'Xandão': máscara especial para beber -

Breja, cervejinha, loira, birra... os apelidos vão do gosto de cada um. O fato é que hoje, em pleno sextou, a bebida mais amada pelos cariocas é comemorada no Dia Internacional da Cerveja. Nos bares do Rio, amantes da bebida contaram como estão fazendo para 'tomar uma' durante a pandemia e o que tanto os encanta na gelada. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), no 2º trimestre, o Estado do Rio consumiu impressionantes 288 milhões de litros de cerveja. E mesmo com os botecos fechados durante boa parte desse tempo, a redução de vendas foi de apenas 4% em relação a igual período de 2019.

Alexandre Zuza, de 46 anos, é morador da Praça Vanhargen, tradicional reduto cervejeiro da Tijuca, na Zona Norte. 'Xandão', como é conhecido, encomendou até uma máscara especial: ela conta com um zíper na boca. "Nesses tempos em que o abraço faz tanta falta, a minha companheira tem sido a cerveja, então acabei bebendo até mais na pandemia. Não tem hora e nem motivo para beber cerveja. Está estressado? Ela ajuda a relaxar. Está feliz? Ela faz parte da comemoração. Está triste? Bebe que melhora", brincou, enquanto brindava no Bar Zulmira, ontem.

Por sua vez, o freguês Fernando Brito, de 33, disse ter reduzido o consumo na quarentena. Agora, com a volta dos bares, ele também retomou a tradição de 'tomar uma'. "Sair do trabalho e beber cerveja é outra experiência. Em casa a gente bebe mais devagar, com a família", contou.

Para os amigos Maria da Glória, 48, e Ciro, 57, a cervejinha é motivo de união. "Por si só é ótima companhia. Mas beber com os amigos é diferente. Isso fez muita falta, bater um papo na mesa do bar, ver as pessoas", contou Ciro.

Resultado surpreende

De acordo com Paulo Petroni, diretor da CervBrasil, a redução de apenas 4% no consumo da popular bebida alcoólica durante a pandemia do novo coronavírus, desde março passado, foi surpreendente.

"No final de março e começo de abril, paralisou tudo. A rapidez com que as grandes empresas trabalharam os produtos e os preços foi uma coisa incrível. O volume praticamente se manteve, só os preços que caíram", afirmou o diretor.

Petroni também destacou os motivos que fizeram com que o Rio de Janeiro não sofresse uma grande queda nas vendas de cerveja.

"A base de comparação de 2019 era baixa, a cerveja foi colocada quase a preço de fabricantes e o gosto do carioca pela cerveja é impressionante. A cerveja é um dos poucos prazeres baratos", concluiu.

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