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Cresce número de mortes por covid-19 no Norte Fluminense

Campos dos Goytacazes e Macaé foram os municípios com crescimento mais preocupante de casos e óbitos registrados

Macaé
Macaé -
A pandemia do novo coronavírus tem se expandido cada vez mais em direção ao interior do estado do Rio de Janeiro. Esta foi a terceira semana consecutiva que o Norte e Noroeste Fluminense registraram recorde de mortes por Covid-19. Além disso, o número de casos confirmados por conta da doença também cresceu.

De acordo com o Painel Covid-19 Norte e Noroeste Fluminense, entre os dias 12 e 18 de julho, foram registradas 59 mortes por conta da pandemia na região. Já na semana seguinte, foram 65 novos óbitos e, nos últimos 7 dias, o número de mortes semanais chegou a 69. Vale ressaltar que Campos dos Goytacazes e Macaé foram os municípios que apresentaram um crescimento mais preocupante de mortes e casos confirmados.

Em Macaé, que tem realizado testagem em massa da população, o índice de novos infectados pelo novo coronavírus saltou de 516 para 682 entre 26 de julho e 1º de agosto. O número representa um aumento de 32,2%. Depois de atingir a marca de 296 registros entre 12 e 18 de julho, o aumento é de 404,8% na comparação com duas semanas atrás.
Campos dos Goytacazes teve a terceira semana em sequência de alta no número de mortes por Covid-19. Entre os dias 12 e 18 de julho, foram 16 óbitos. Na semana seguinte, entre 19 e 25 de julho, foram 21 mortes. E no período entre 26 de julho e 1º de agosto, foram registrados 38 novos óbitos.
Segundo a médica Roberta França, a interiorização do vírus se deve ao fato da doença ter diferentes fases, inclusive dentro do mesmo estado. Para frear os casos e as mortes no Interior do Rio, ela afirma que é fundamental entender que a pandemia não acabou. “Quando começa a ocorrer uma flexibilização antes da hora na capital, as cidades menores começam a entender que não precisa ter cuidados, como o uso de máscaras e álcool em gel. Então, esse descuido faz com que os índices cresçam nestes lugares”, afirma a médica.

O MEIA HORA procurou tanto a Prefeitura de Campos quanto a de Macaé para questionar sobre o avanço da doença, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.