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Greve do Samu atrasa socorro

Sindicato afirma que o tempo de espera dobrou. Salários devem ser pagos na segunda

Ambulâncias no Salgado Filho ontem eram da rede SUS, não do Samu
Ambulâncias no Salgado Filho ontem eram da rede SUS, não do Samu -

Redução do número de ambulâncias, veículos sucateados, falta de oxigênio para pacientes de equipamentos de proteção individual. Os problemas que levaram os profissionais do Samu a entrar em greve têm aumentado a demora no atendimento.

Segundo Henrique Júnior, presidente do Sindicato dos Motoristas Condutores de Ambulância do Rio, o Samu está funcionando com metade das ambulâncias. "Afeta e muito a qualidade do nosso atendimento. Se com 100% da frota nós já temos dificuldade, imagina com 50%" diz. Para o sindicalista, o tempo para o socorro chegar ao paciente, que era de dez minutos, dobrou.

Moradora da Pavuna, Lea Fonseca e estava na tarde de ontem no Hospital Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, disse que esperou mais de uma hora para conseguir socorro para uma vizinha que havia sofrido uma queda. "Acionei o Samu por volta de 1h da manhã, mas a ambulância só chegou uma hora e meia depois", conta.

Ontem a reportagem não encontrou nenhuma ambulância do Samu no Hospital Salgado Filho. O deslocamento para outras unidades da rede municipal estava sendo feito por ambulâncias da Rede SUS da Prefeitura. Duas eram novas e ainda estavam sem placa. Muitos dos pacientes que estavam no hospital optaram não chamar o Samu e foram ao hospital em carro particular.