Ainda se recuperando da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar o impacto da doença, ao afirmar que "houve uma neurose no tocante a isso daí". Bolsonaro, que anunciou que estava contaminado no dia 7 de julho, fez a sua declaração na noite de quinta-feira, na live semanal que costuma fazer nas redes sociais.
De acordo com o presidente, não havia nenhuma maneira de diminuir o número de mortos no país, que ontem chegou a 77.851 mil. "Ninguém disse que ninguém ia morrer por causa do coronavírus. Tanto ia como está morrendo, infelizmente. Agora, alguns acham que tinha como diminuir o número de óbitos. Diminuir como?", questionou.
Bolsonaro criticou novamente o isolamento social e citou um estudo que concluiu que 66% dos contaminados pelo novo coronavírus em Nova York, nos Estados Unidos, estavam em casa. O estudo, no entanto, dizia respeito apenas à condição de moradia dos contaminados, e não se estavam ou não respeitando a quarentena (a conclusão correta do estudo é que 66% das pessoas que foram internadas viviam em casa, 18% em lares para idosos, 2% em abrigos para sem-teto, 2% em outras instalações e 1% em presídios).
Na mesma live, o presidente voltou a falar sobre a hidroxicloquina e o vermífugo Anitta (que combate vermes) — remédios que, segundo estudos internacionais, não têm eficácia comprovada no tratamento da Covid-19.