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Mapa da Desigualdade

Pesquisas: diferenças sociais e econômicas agravadas pela Covid-19

Apenas 21% dos alunos mais pobres têm acesso a computadores para acessar as aulas, diz pesquisa
Apenas 21% dos alunos mais pobres têm acesso a computadores para acessar as aulas, diz pesquisa -

Mulheres negras e periféricas são o retrato das desigualdades na Região Metropolitana do Rio, aponta o Mapa da Desigualdade, desenvolvido pela Casa Fluminense. Dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2018 mostram que mulheres negras recebem metade do salário de homens brancos. O levantamento estudou dados governamentais e estatísticas de geração cidadã para apresentar um panorama da atual situação.

A pesquisa ordenou 40 indicadores, quatro por eixo temático — Habitação, Emprego, Transporte, Segurança, Saneamento, Saúde, Educação, Cultura, Assistência Social e Gestão Pública —, para observar o panorama geral.

Para Vitor Mihessen, coordenador da pesquisa, os dados mostram que, quanto maior a distância da capital, maior é a pobreza, e o mapa reflete a distribuição da população preta e parda na Região Metropolitana. "Queremos associar os dados para falar de opressão e racismo, sobretudo no Rio, por conta da sua história", disse.

Problemas na Educação

Outra pesquisa, do Data Favela, mostra que a pandemia da Covid-19 agravou as desigualdades socioeconômicas e raciais na Educação. O estudo, divulgado ontem pela Central Única das Favelas (Cufa), em parceria com o Instituto Locomotiva e a Unesco, aponta que a suspensão das aulas presenciais afetou 47,9 milhões de estudantes no país, mas o acesso ao método remoto de ensino prejudicou principalmente os estudantes das periferias e da rede pública.