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Carnaval ameaçado

Presidente da Liesa diz ser cedo para falar em cancelar desfiles do ano que vem

Cinco meses após os desfiles na Marquês de Sapucaí, as escolas de samba do Grupo Especial se reuniram novamente ontem, na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para tratar do planejamento para o Carnaval de 2021, da operação das agremiações e do possível adiamento da festa, prevista para fevereiro.

Segundo Jorge Castanheira, presidente da Liga, foram discutidas possibilidades com os presidentes das escolas sobre data e condições para realização dos desfiles. Até o fechamento desta edição, nenhuma decisão final havia sido tomada.

"Essa é nossa primeira reunião depois do Carnaval, não pudemos nos encontrar antes em meio à pandemia. Ainda é cedo para deliberar sobre a realização da festa, foi uma troca de ideias", explicou. "Vamos aguardar porque tem a questão da vacina e também a autorização do poder público. No Rio de Janeiro, nem o prefeito nem o governador falaram ainda sobre adiamento. Adiar para quando? A vacina para o coronavírus sairia quando?", indagou.

A Liesa solicitou que a Riotur não publicasse informações sobre a venda de ingressos do Carnaval na Sapucaí até haver uma decisão. Também foi suspensa a liberação do caderno de encargos para as empresas interessadas em disponibilizar a infraestrutura do carnaval de rua, que reúne milhões de pessoas e exige, de acordo com a Riotur, um planejamento complexo.

"A decisão sobre o assunto vai ser tomada em conjunto e sempre baseada em estudos científicos que garantam a segurança de todos", informou a Riotur, em nota. A Prefeitura do Rio também deve analisar a sugestão do prefeito de Salvador, ACM Neto, de estabelecer um calendário nacional comum para o Carnaval.