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A morte terceirizada

Operação Tânatos prende homens suspeitos de assassinatos por encomenda

Participaram da Operação Tânatos a Delegacia de Homicídios da Capital e o Ministério Público do Rio
Participaram da Operação Tânatos a Delegacia de Homicídios da Capital e o Ministério Público do Rio -

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e o Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) prenderam ontem dois milicianos acusados de pertencerem ao grupo paramilitar Escritório do Crime. Batizada de Tânatos (que significa morte, em grego), a operação cumpriu cinco mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra líderes da quadrilha. Entre os presos, os irmãos Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, e Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão. São considerados foragidos os ex-PMs João Luiz da Silva, o Gago, e Anderson de Souza Oliveira, o Mugão. O bando cobrava de R$ 100 mil a R$ 1,5 milhão por cada execução. A vigilância sobre os alvos chegava a durar meses e os assassinos chegavam até a usar drones.

De acordo com o MPRJ, Mad é o chefe da quadrilha de assassinos, sendo responsável pela negociação, planejamento, operacionalização e a coordenação das tarefas do bando. O irmão dele seria um de seus homens de confiança e atuaria como motorista da quadrilha, fazendo o levantamento, a vigilância e o monitoramento das vítimas. Gago e Mugão exerceriam funções semelhantes a de Tonhão e seriam os braços armados da organização criminosa.

"É um escritório contratado por organizações criminosas para matar os seus desafetos, um grupo extremamente perigoso", assinalou o delegado Daniel Rosa, titular da DHC. "Nós temos certeza de que, com a retirada de circulação desses marginais, a criminalidade irá recuar", completou o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes.